Santa Catarina tem se destacado por adotar a educação como ferramenta central em sua política de execução penal. Com programas que unem leitura, ensino formal e qualificação profissional, o Estado tem oferecido aos detentos oportunidades reais de transformação. O resultado: mais de 14 mil apenados participam de atividades educacionais e podem reduzir suas penas, enquanto desenvolvem novas perspectivas de vida fora do sistema prisional. No centro dessa política está o Programa Despertar pela Leitura, que possibilita a remição de pena por meio da leitura de obras literárias e da produção de resenhas acompanhadas por professores da rede estadual. A cada livro lido e analisado, o detento pode abater quatro dias da sua pena, conforme determina a Resolução nº 391/2021 do Conselho Nacional de Justiça.
“O trabalho e o estudo dentro das unidades são pilares da nossa política de ressocialização. Estamos investindo em oportunidades reais de mudança,” afirma a secretária de Administração Prisional e Socioeducativa, Danielle Amorin Silva.
De acordo com dados oficiais, 34% da população carcerária participa do programa de leitura e 16% estão matriculados no ensino básico, totalizando 14.122 detentos em atividades educacionais, o equivalente a 50,2% da população prisional de Santa Catarina.
O número representa um avanço significativo na gestão prisional e reforça o papel da educação como instrumento de reintegração social.
“O Despertar pela Leitura e a remição são ferramentas importantes nesse processo,” destaca Nestor Machado, coordenador estadual da área de educação prisional. A dinâmica do programa prevê que cada detento leia uma obra literária e produza uma resenha, que é avaliada por professores contratados pela Secretaria de Estado da Educação. Os textos precisam demonstrar compreensão crítica do conteúdo. O processo pedagógico é rigoroso e busca mais do que o cumprimento formal da exigência legal.
“O livro A Hora da Estrela, da Clarice Lispector, foi o mais lido na unidade. Ele provoca no apenado uma mudança psicológica significativa,” relata o professor Valdecir Roberto de Oliveira, que acompanha o projeto de perto.
Primeiro contato com o conhecimento
Para muitos detentos, essa é a primeira oportunidade real de estabelecer um vínculo com o universo da leitura e da escrita. Ao lado da remição, a experiência promove desenvolvimento do raciocínio, capacidade de argumentação e consciência crítica, abrindo caminho para a construção de uma identidade produtiva e compatível com a vida em liberdade.
Bibliotecas e doações
O acervo das bibliotecas das unidades prisionais está disponível a todos os internos e é constantemente ampliado com doações da sociedade civil, familiares e instituições.
A diversidade de títulos permite que os detentos tenham acesso a diferentes visões de mundo, fortalecendo valores essenciais à convivência em sociedade. Além da educação formal e do incentivo à leitura, as unidades prisionais de Santa Catarina também investem em qualificação profissional e atividades laborais internas. Detentos atuam em áreas como construção civil, marcenaria, costura, fabricação de iates e serviços industriais, em uma rotina que valoriza a disciplina, a capacitação e a preparação para a vida fora do cárcere.
Menos reincidência, mais segurança
A experiência catarinense mostra que investir em educação no sistema prisional contribui diretamente para a redução da reincidência criminal, com impactos positivos para toda a sociedade. Ao substituir o ciclo da criminalidade por oportunidades de reconstrução, o Estado fortalece a segurança pública com base em ações estruturantes. “Não é apenas sobre reduzir penas, mas sobre construir possibilidades. A educação transforma, reorganiza e reorienta vidas,” conclui a secretária Danielle Amorin Silva.
Com apenas 50 km² de extensão territorial, Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, ostenta o mercado imobiliário mais valorizado do Brasil. Segundo o Índice FipeZap, a cidade acumula 120% de valorização desde janeiro de 2019 e se mantém há três anos no topo do ranking nacional. A cidade tem média do metro quadrado avaliado em mais de R$ 14 mil. Porém, apenas na orla da Avenida Atlântica, na Praia Central, já há casos que ultrapassam os R$ 100 mil em novos empreendimentos. Além de belas praias e da verticalização característica, a cidade tem se destacado pela combinação entre urbanismo de alto padrão, obras de infraestrutura em larga escala e qualidade de vida que tem atraído um público exigente. Estar em uma localização privilegiada, cercada por belas praias, atrativos turísticos e vizinha do município de Itajaí, o maior PIB do estado, também ajudam a manter Balneário Camboriú no centro das atenções. “A cidade reúne fatores raros no Brasil: é segura, moderna, organizada e tem uma vocação natural para o turismo e para os negócios. Hoje, Balneário Camboriú pode ser considerada uma das cidades mais seguras do mundo”, avalia Renato Monteiro, CEO da Sort Investimentos, grupo com mais de R$ 8 bilhões sob gestão no setor imobiliário. “A eficiência das transações imobiliárias, somada à atratividade natural da cidade, eleva Balneário Camboriú a um patamar diferenciado do restante do país”, afirma.
O avanço da cidade ocorre em sintonia com o bom momento do estado. Santa Catarina tem quatro das cinco cidades mais valorizadas do país: Balneário Camboriú, Itapema, Itajaí e Florianópolis, segundo o próprio FipeZap. Com economia diversificada, altos índices de segurança e uma malha logística estratégica entre os aeroportos de Navegantes, Joinville e Florianópolis, o estado se consolidou como destino não apenas turístico, mas também para residência e negócios.
Uma loja especializada em scooters, motos e patinetes elétricos foi furtada na noite de segunda-feira (20), no bairro Itoupava Central, em Blumenau. Os criminosos levaram cinco motos e dois patinetes, causando um prejuízo de mais de R$ 60 mil. A loja, inaugurada no sábado (17), foi invadida por três homens, que chegaram de van ao local. Imagens das câmeras de segurança flagraram todo o crime, entre 22h52 e 22h55. De acordo com as imagens, o trio arrombou a fechadura de um centro comercial na rua Doutor Pedro Zimmermann e estourou a porta de vidro da loja para furtar as motos e patinetes elétricos.
De forma rápida e coordenada, os criminosos colocaram os veículos furtados na van e fugiram em direção a Massaranduba. Dieter Heschel, proprietário da loja, foi alertado sobre o furto pelo sistema de segurança, que disparou assim que o trio invadiu o estabelecimento. Ele acionou a Polícia Militar, que chegou ao local cerca de 10 minutos após o crime e registrou o boletim de ocorrência. “Pelo tamanho da van que a gente viu, eles vieram prontos para carregar tudo. Mas como disparou o alarme, eles sabiam que tinham um tempo muito limitado, e era o que dava para levar”, afirmou o proprietário, em entrevista à NDTV Record. As autoridades reforçam a importância de desconfiar de produtos oferecidos a preços muito abaixo do mercado e de sempre verificar a procedência antes da compra. Quem tiver qualquer informação sobre os itens furtados deve acionar a polícia.
O Governo de Santa Catarina prometeu concluir o primeiro trecho do prolongamento da Via Expressa, em Blumenau, durante uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (20). A obra, iniciada em 2013, está com apenas três dos 15 quilômetros previstos concluídos em mais de 10 anos. O prolongamento já passou por quatro paralisações e está parado desde agosto de 2024. “Talvez seja a maior obra inacabada de Santa Catarina”, afirmou o deputado Napoleão Bernardes (PSD). A reunião, solicitada por Napoleão, reuniu parlamentares, o secretário de Estado da Infraestrutura, Jerry Comper, e o superintendente do DNIT, Alysson Rodrigo de Andrade.
Prolongamento da Via Expressa deve passar por adequações
A primeira etapa prolongamento, entre a Via Expressa/BR-470 até a Rua Theodoro Pasold, já está pavimentado. Resta apenas construir as alças de acesso às vias que cruzam a obra. Entre os pontos que dependem de ajustes estão os acessos à BR-470, que precisam de aprovação pelo DNIT, as cabeceiras do viaduto sobre a Rua Guilherme Scharf e uma rótula de interseção com a Rua Theodoro Pasold. De acordo com a SIE (Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade), a obra enfrenta vários entraves, desde questões judiciais e ambientais, até erros no projeto original. A secretaria se comprometeu a realizar as adequações necessárias para retomar a obra.
O secretário Jerry Comper chegou a afirmar que, se a obra do anel viário de Blumenau fosse iniciada hoje, custaria mais de R$ 600 milhões — mais de quatro vezes o valor original previsto em 2014, que era de R$ 138 milhões.
A equipe técnica está revisando o projeto e entregará ao DNIT uma proposta atualizada de acesso da Via Expressa à BR-470. A proposta inclui a substituição dos viadutos previstos originalmente por uma rotatória na interligação com a Rua Theodoro Pasold. O superintendente estadual do DNIT, Alysson Rodrigo de Andrade, afirmou que o departamento dará prioridade à análise da proposta. O prazo de entrega do primeiro trecho do prolongamento da Via Expressa deve ser confirmado durante a visita do governador Jorginho Mello (PL) a Blumenau, no dia 2 de junho, pelo projeto Santa Catarina Levada a Sério.
Os trechos seguintes totalizam 12 quilômetros, entre a Rua Theodoro Pasold e a SC-108, no pé da serra da Vila Itoupava. Eles precisarão passar por um novo processo de estudo e rediscussão após a conclusão da primeira fase da obra
Projeto terá impacto regional
O deputado Napoleão Bernardes (PSD) defende que a obra é importante não só para Blumenau, mas para toda a região. Durante a reunião, o parlamentar criticou o abandono do trecho. “Hoje, esse trecho está tomado por lixo, quase virou um aterro. Se fosse liberado, já ajudaria a aliviar o trânsito na zona norte de Blumenau, que prejudica milhares de pessoas e afasta investimentos”, reforçou Bernardes. O principal objetivo da implantação do acesso norte de Blumenau é desafogar o trânsito na rodovia Doutor Pedro Zimmermann, na Itoupava Central.
Segundo dados da Secretaria de Infraestrutura da Regional Vale, mais de 12 mil veículos passam pela SC-108 diariamente. Após a conclusão da obra, a expectativa é que esse número aumente, já que a rodovia se tornará um “importante corredor de serviço” na região.