A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí, em apoio à Polícia Civil do Mato Grosso, deflagrou, nesta quinta-feira (13), a operação “Phanton”, que resultou na prisão de um homem no bairro São Roque, em Itajaí. A operação teve como objetivo desarticular um grupo criminoso especializado em estelionato e extorsão cibernética, na modalidade sextorsão. O grupo atuava principalmente por meio do golpeconhecido como “golpe da novinha”.

Investigações

De acordo com as investigações, que duraram cerca de 6  meses, o grupo criminoso arrecadou uma considerável quantia entre os anos de 2021 e 2022, com fraudes digitais para enganar e ameaçar diversas vítimas. A ação  faz parte de uma operação nacional que também foi realizada em outros estados, como o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso, onde outros membros do grupo foram identificados. O criminoso foi encaminhado ao CPVI (Centro de Prisões Provisórias de Itajaí), onde aguardará os procedimentos legais.

Durante a conversa, o golpista faz de tudo para que a vítima mande fotos comprometedoras ou fale algo comprometedor (de cunho sexual), e é ai que eles agem! O estelionatário entra na conversa se dizendo pai da “novinha” e passa a extorquir a vítima sob ameaça de divulgar a conversa e denunciá-lo à polícia.

Na tarde desta quinta-feira (13), a Polícia Federal concluiu a extradição de um cidadão britânico que respondia a um processo por tráfico de drogas. O indivíduo, de 49 anos, estava detido desde 30 de novembro de 2023 no Presídio Regional de Itajaí, após ser preso em Balneário Camboriú, em cumprimento a um Mandado de Prisão expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Sua prisão foi motivada por inclusão na lista da Difusão Vermelha da Interpol, que visa localizar e prender foragidos internacionais. O cidadão britânico é acusado de envolvimento no tráfico de drogas e responde a processo perante a Corte de Magistrados do Juízo Distrital da Grande Manchester, na Inglaterra. A extradição foi concluída no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e o suspeito foi enviado de volta ao Reino Unido, onde enfrentará as acusações que pesam contra ele.

A prisão e extradição do acusado são resultados de uma colaboração internacional entre as autoridades brasileiras e britânicas, reforçando o compromisso do Brasil no combate ao crime organizado transnacional e na cooperação com organismos internacionais de segurança, como a Interpol.

A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu nesta quarta-feira (12), no Paraná, um suspeito de transferir criptomoedas para o crime organizado. A operação “Lavagem Digital” começou em julho de 2024, após uma vítima de 81 anos perder R$ 1 milhão em um golpe do “bilhete premiado” em Florianópolis. A ação incluiu três mandados de busca e apreensão em Rolândia (PR) e um em Londrina (PR), após investigações de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A investigação revelou que valores eram desviados para contas laranjas e empresas fantasmas ligadas ao crime organizado, com conexões com tráfico internacional de drogas, extração ilegal de ouro e operações em fronteiras e portos. Cerca de R$ 55 milhões foram movimentados por duas corretoras de criptomoedas entre 2023 a 2024. Os valores desviados eram convertidos em criptomoedas e enviados para uma corretora chinesa. Dois suspeitos que usavam cadastros falsos foram identificados durante as investigações. Um deles está foragido e foi alvo da operação “Emergentes”, da Polícia Federal, contra o tráfico internacional de drogas.

Foi decretado o bloqueio de R$ 1 milhão em contas dos investigados e de empresas suspeitas, além da indisponibilidade de imóveis e quatro veículos de luxo (BMW, Audi, Jeep e MINI Cooper).

A operação “Lavagem Digital” apreendeu 22 celulares, oito computadores, 14 HDs e outros itens de interesse. As investigações continuam para identificar outros envolvidos.