Um bebê engasgado com leite foi salvo pelo Sargento Jorge Mancilla, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, em Ituporanga, no Alto Vale, na madrugada de sábado (19). O menino, com apenas oito dias de vida, foi levado ao quartel pelos pais por volta de 01h05, para receber socorro. Na madrugada de sábado (19), Bianca Campos da Silva amamentou o bebê e, após colocá-lo para arrotar como de costume, percebeu que ele estava inquieto. Ao pegá-lo no colo para acalmá-lo, o recém-nascido vomitou pelo nariz e se engasgou.
“Meu noivo estava na sala. Ouviu o choro e veio correndo. Só deu tempo de pôr um roupão. A ideia foi dele [pai do bebê] de ir nos bombeiros”, conta a mãe. O sargento Jorge Mancilla estava na garagem do quartel, por volta da 1h05, quando ouviu a sequência de buzinas vindas da rua. “Já imaginei se tratar de alguma emergência e corri pra rua. Ao abrir a porta, me deparei com a mãe e seu bebê no colo. Ela me entregou o filho e disse que ele não estava respirando e que teria engasgado com leite”, relatou.
O recém-nascido estava com a pele azulada, um sinal de falta de oxigenação. Para o salvamento, Mancilla iniciou as manobras de desobstrução com tapotagens (tapinhas) nas costas, e fez uma limpeza rápida nas narinas e na boca. “O bebezinho chorou, comprovando que as vias foram desobstruídas”, acrescenta o bombeiro militar. Segundo o sargento, a manobra é segura para lactentes, inclusive recém-nascidos, desde que aplicada com cuidado. “Tem que ter discernimento nas aplicações das tapotagens, levando em consideração a estrutura corporal da vítima”, explica. A mãe e o bebê foram levados pela viatura dos bombeiros ao Hospital Bom Jesus. O pai, Kauan Yuri Pereira Martins, seguiu de carro, após ser acalmado e orientado. O recém-nascido chegou ao hospital respirando e em estado estável.
Após o susto, o bebê passa bem. Segundo Bianca, o recém-nascido ficou em observação no hospital por cerca de meia hora. “Já estava respirando mais tranquilamente e adormeceu no meu colo”, conta a mãe.
Ainda na mesma noite, a família voltou para casa. “Ele ainda tem sinais de refluxo. O médico que nos atendeu explicou que é normal o refluxo em recém nascidos, mas estamos ainda mais cuidadosos com ele”, acrescenta.