A taxa de mortalidade em Joinville, no Norte catarinense, teve um aumento expressivo em 2024. Segundo o Relatório de Gestão em Saúde do Município, divulgado na última semana, foram registrados 3.833 óbitos ao longo do ano, o que representa um crescimento de 13,81% em relação a 2023, quando houve 3.368 mortes. As principais causas de morte no município continuam relacionadas às DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), como enfermidades do aparelho circulatório, neoplasias (tumores) e doenças respiratórias. Esses três grupos, juntos, responderam por 58% dos óbitos registrados no município.
As doenças do aparelho circulatório lideraram entre as causas, com 889 mortes. Em seguida, aparecem as neoplasias, responsáveis por 829 óbitos, e as doenças do aparelho respiratório, com 496 registros. São doenças de longa duração e progressão lenta, muitas vezes associadas a fatores de risco como sedentarismo, má alimentação, tabagismo e envelhecimento.
Além do impacto direto na saúde da população, essas enfermidades geram elevados custos econômicos e sociais. Entre as condições mais frequentes estão diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, cânceres e doenças respiratórias crônicas. Taxa de mortalidade prematura
O Plano Municipal de Saúde 2022-2025 acompanha a taxa de mortalidade prematura (entre 30 e 69 anos) causada pelas principais DCNTs. Após uma queda em 2023, o indicador voltou a subir em 2024. Foram 865 mortes em 2022 (taxa de 275), 785 em 2023 (249,9) e 879 em 2024, com taxa de 274,5. Embora os números ainda estejam dentro das metas estipuladas, a tendência de crescimento preocupa as autoridades de saúde.
Detalhamento das causas de morte
No detalhamento das causas, observa-se que, entre as mortes por doenças circulatórias, 66,25% foram decorrentes de problemas cardíacos, 25,08% de doenças cerebrovasculares e 4,39% de aneurismas.
No grupo das neoplasias, os principais tipos foram câncer de pulmão (13,63%), de mama (7,96%), de pâncreas (6,15%) e de estômago (6,03%). Já entre as doenças respiratórias, a principal causa foi pneumonia por microrganismo não especificado (39,52%), seguida por doenças pulmonares obstrutivas crônicas (29,44%) e pneumonia bacteriana (8,27%).